Coluna de Fogo

... e de noite numa coluna de fogo para os iluminar...

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Gênesis - Capítulo 1

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  1. No princípio criou Deus os céus e a terra.

  2. E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas.

  3. E disse Deus: Haja luz; e houve luz.

  4. E viu Deus que era boa a luz; e fez Deus separação entre a luz e as trevas.

  5. E Deus chamou à luz Dia; e às trevas chamou Noite. E foi a tarde e a manhã, o dia primeiro.

  6. E disse Deus: Haja uma expansão no meio das águas, e haja separação entre águas e águas.

  7. E fez Deus a expansão, e fez separação entre as águas que estavam debaixo da expansão e as águas que estavam sobre a expansão; e assim foi.

  8. E chamou Deus à expansão Céus, e foi a tarde e a manhã, o dia segundo.

  9. E disse Deus: Ajuntem-se as águas debaixo dos céus num lugar; e apareça a porção seca; e assim foi.

  10. E chamou Deus à porção seca Terra; e ao ajuntamento das águas chamou Mares; e viu Deus que era bom.

  11. E disse Deus: Produza a terra erva verde, erva que dê semente, árvore frutífera que dê fruto segundo a sua espécie, cuja semente está nela sobre a terra; e assim foi.

  12. E a terra produziu erva, erva dando semente conforme a sua espécie, e a árvore frutífera, cuja semente está nela conforme a sua espécie; e viu Deus que era bom.

  13. E foi a tarde e a manhã, o dia terceiro.

  14. E disse Deus: Haja luminares na expansão dos céus, para haver separação entre o dia e a noite; e sejam eles para sinais e para tempos determinados e para dias e anos.

  15. E sejam para luminares na expansão dos céus, para iluminar a terra; e assim foi.

  16. E fez Deus os dois grandes luminares: o luminar maior para governar o dia, e o luminar menor para governar a noite; e fez as estrelas.

  17. E Deus os pôs na expansão dos céus para iluminar a terra,

  18. E para governar o dia e a noite, e para fazer separação entre a luz e as trevas; e viu Deus que era bom.

  19. E foi a tarde e a manhã, o dia quarto.

  20. E disse Deus: Produzam as águas abundantemente répteis de alma vivente; e voem as aves sobre a face da expansão dos céus.

  21. E Deus criou as grandes baleias, e todo o réptil de alma vivente que as águas abundantemente produziram conforme as suas espécies; e toda a ave de asas conforme a sua espécie; e viu Deus que era bom.

  22. E Deus os abençoou, dizendo: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei as águas nos mares; e as aves se multipliquem na terra.

  23. E foi a tarde e a manhã, o dia quinto.

  24. E disse Deus: Produza a terra alma vivente conforme a sua espécie; gado, e répteis e feras da terra conforme a sua espécie; e assim foi.

  25. E fez Deus as feras da terra conforme a sua espécie, e o gado conforme a sua espécie, e todo o réptil da terra conforme a sua espécie; e viu Deus que era bom.

  26. E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra.

  27. E criou Deus o homem à sua imagem: à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.

  28. E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra.

  29. E disse Deus: Eis que vos tenho dado toda a erva que dê semente, que está sobre a face de toda a terra; e toda a árvore, em que há fruto que dê semente, ser-vos-á para mantimento.

  30. E a todo o animal da terra, e a toda a ave dos céus, e a todo o réptil da terra, em que há alma vivente, toda a erva verde será para mantimento; e assim foi.

  31. E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom; e foi a tarde e a manhã, o dia sexto.

 

 

Comentários

No primeiro capítulo do primeiro livro da Bíblia é demonstrada toda a capacidade criadora de Deus para um ponto de vista humano. Obviamente que neste texto não é esgotada esta capacidade demonstrando tudo o que Deus é capaz de fazer, mas transmite aos olhos humanos a grandeza deste poder. Neste início de Gênesis o escritor, muito provavelmente Moisés, revela, por inspiração divina, a criação de coisas do nosso cotidiano, coisas que são visíveis ao homem. Poderia ter sido revelado a criação das coisas invisíveis e intangíveis, como os seres celestiais ou os sentimentos, mas aprouve a Deus revelar inicialmente que Ele era Criador daquilo que era conhecido pelo homem, de elementos e seres básicos, vistos no dia a dia do povo.

Em uma atenção mais aprofundada ao capítulo, vemos que nos são reveladas também ideias que não seriam tão comuns à época, fazendo com que seja um texto atual em qualquer período da história.

Algo que nos chama a atenção inicialmente é a pluralidade de céus, mais de um céu foi criado. Alguns poderiam até associar este fato à existência das diversas galáxias, outros mundos em outros sistemas solares, já descobertos pela ciência. Mas neste caso, em especial, preferimos refletir a luz de João, que foi arrebatado ao terceiro céu, de que se trata de um conceito espiritual, onde estes céus seriam lugares celestiais de ordem não natural.

A terra, inicialmente criada, não tinha a forma como a conhecemos hoje. Isto é também aceito pela ciência. Era o planeta também desabitado. Pelo que vemos na criação bíblica, contrariando estudiosos científicos, é que de alguma forma, com a terra existindo, ainda não havia luz. A escuridão pairava na terra e no seu entorno, mas mesmo em meio as trevas, o Espírito de Deus se fazia presente, se movendo sobre as águas que provavelmente foram criadas junto com a terra.

Em seguida, Deus cria a luz. As trevas, ou escuridão, supostamente existente antes da luz, tratava-se apenas de ausência de luz, como o frio é ausência de calor, e não propriamente algo criado. É até possível associar este início ao possível big-bang, considerando-se uma grande explosão que deu início a tudo. Mas neste caso, a terra criada num primeiro momento seria a concentração de toda a massa do universo existente antes da explosão. O importante aqui é entendermos que a Palavra de Deus não nos revela os mínimos detalhes, como muitas vezes buscamos, mas apenas o suficiente para reconhecermos a grandeza do Criador.

Conforme Deus criava todas as coisas no transcorrer do capítulo ele dava o seu juízo de valor sobre algumas delas, vendo que sua criação era boa. Quando construímos ou projetamos algo, geralmente preferimos que outra pessoa nos dê opinião, porque naturalmente gostamos do que fazemos e nos tornamos “suspeitos” ao julgarmos a nós mesmos. Podemos mentir para nós mesmos ou criar uma falsa realidade num elogio favorecido pelo carinho que temos pelo que fizemos. Porém, no caso de Deus, que sabe de todas as coisas, isto não ocorre, porque Seu justo juízo é perfeito, verdadeiro e apto para manifestar para si mesmo sua aprovação.

Um aspecto que não podemos deixar de considerar neste texto está ligado a contagem dos dias. Vemos que quando o primeiro dia é declarado, o sol e a lua, que futuramente orientariam as contagens de horas, dias e anos, ainda não haviam sido criados. Portanto, é razoável entendermos que os dias da criação não eram semelhantes aos nossos, com 24 horas, mas uma espécie de contagem diferente, um tempo determinado por Deus.

Deus também criou uma camada de separação entre águas. O escritor a chama expansão ou firmamento. Sabemos que temos água tanto na superfície da terra, nos oceanos, quanto na atmosfera, em forma de nuvens. É sugestivo imaginar que, neste momento, o Criador estivesse criando o que hoje chamamos de gravidade. É esta força que não permite a saída do ar do entorno do planeta. E este ar, por empuxo, sustenta as águas com menor densidade, separando-as da superfície. Esta primeira expansão foi chamada céus, sendo continuada para fora além da atmosfera.

Deus fez aparecer a porção seca, num singular. Entendemos aqui a conhecida Pangeia, quando os continentes ainda eram unidos.

No quarto dia de Deus, foram criados o Sol e a Lua, já aqui na expansão dos céus, possivelmente o texto fazendo referência a continuação da camada de sustentação das nuvens, além da atmosfera. O próprio Deus determinara que estes luminares seriam usados para contagem de tempo. Uma boa reflexão aqui é quanto a revelação de que o Sol é maior que a Lua. Há mais de 3000 anos atrás, se não fosse por revelação divina, seria muito improvável este conhecimento científico.

Coincidindo aqui com a ciência, o livro propõe que as “almas viventes” teriam iniciado nas águas. Por relatar aqui, diretamente, répteis, não podemos descartar que se trate também de dinossauros. Deus ordena posteriormente que se multipliquem, deixando margem ao entendimento de que não ficaria criando estes seres o tempo todo. A responsabilidade de multiplicação é da própria criatura.

Posteriormente aos seres da terra, incluindo répteis e feras terrestres, Deus resolve criar o homem. O primeiro ponto a destacar é a diferenciação de sexos. Deus criou a distinção entre homem e mulher, e nada além disso. Hoje a ciência conhece muito bem esta distinção quando replica a ideia nas combinações de cromossomos XY e XX, não havendo uma terceira possibilidade, salvo nas duplicações do Y (Super-macho) ou do segundo X (Super-fêmea), anomalias sem qualquer ligação com a opção sexual. Deus determinou que um homem com uma mulher gerassem filhos. Foi escolhido um método natural de união entre os dois para este fim. Deus não criou no homem a capacidade de se autoduplicar, fazendo mitose ou meiose no todo, como alguns seres unicelulares. Existe a união homem e mulher, seguida de relações para isso. Qualquer tentativa de processo diferente foge ao plano original de Deus. Não descartamos aqui os tratamentos necessários em caso de doenças ou infertilidades, mas ressaltamos a necessidade de que se trate de casais, homem e mulher, conforme a ideia primordial de Deus, seguida da Sua bênção e da ordem: “frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra...”. Deus ainda dá a dica de que o ser humano controlaria e cuidaria da criação. Todas as coisas lhes seriam sujeitas. O que na realidade traria grandes responsabilidades e consequências, atrelados aos conceitos de ecologia, tão debatidos nos dias de hoje. E neste sexto dia, o Criador conclui a criação, lançando sobre o homem a responsabilidade de administrar tudo o que havia sido criado.

Conclusão

Já neste primeiro capítulo, nos deparamos a uma possibilidade de decisão. Acreditar ou não em Deus. Alguns pontos nos parece inclinar à dúvida, outros nos intriga a mente nos impossibilitando duvidar. O primeiro momento é uma oportunidade para decidir: crer ou descrer, sim ou não, fé ou incredulidade. Como defensores da Fé somos impelidos ao conselho de que vale apena acreditar, até mesmo porque é só o primeiro capítulo de uma sequência tradicional de 1189. Devemos considerar que o fato de não entendermos um ou outro texto remete a possibilidade de haver erro em nós, não nas escrituras. A falha ou a ignorância pode ser nossa, não dos textos sagrados. Nosso distanciamento de Deus é que nos faz afastar também o nosso entendimento de Suas Palavras. Muitas outras revelações e declarações da parte de Deus nos será confiada, a medida que buscarmos o conhecimento da divina revelação. Pensamentos tão altos, oriundos das sagradas escrituras, se estão a disposição de todos e, para muitos, provavelmente nossos pequenos estudos serão sobrepujados.

Glauco Machado

 

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Centelha Diária

Josué 4.18

"E aconteceu que, quando os sacerdotes que levavam a arca do pacto do Senhor subiram do meio do Jordão, e as plantas dos seus pés se puseram em terra seca, as águas do Jordão voltaram ao seu lugar, e trasbordavam todas as suas ribanceiras, como dantes."

Foi só os últimos homens do povo colocarem seus pés fora do Rio Jordão para as águas voltaram ao normal. O milagre de Deus vem na medida certa para a realização dos seus propósitos.

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