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História do Brasil - Aula 14: A República Velha

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Áudio do Resumo da Aula 14






RESUMO

A República Velha: O Governo das Oligarquias Cafeeiras

A República Velha, também conhecida como Primeira República, estendeu-se de 1889, com a Proclamação da República, até 1930, quando Getúlio Vargas assumiu o poder. Esse período foi marcado pelo domínio das oligarquias cafeeiras, especialmente de São Paulo e Minas Gerais, no cenário político e econômico do Brasil.

Situação Social

A sociedade na República Velha era marcada por profundas desigualdades sociais. A elite cafeeira detinha grande parte do poder e da riqueza, enquanto a maioria da população vivia em condições precárias, trabalhando em setores rurais e urbanos. A escravidão havia sido abolida em 1888, mas a vida dos ex-escravos e de trabalhadores rurais pouco melhorou, com muitos ainda vivendo em condições de trabalho quase escravo.

Situação Política

Politicamente, a República Velha foi dominada pelas oligarquias, um sistema conhecido como "política dos governadores" ou "política do café com leite". Nesse sistema, São Paulo e Minas Gerais alternavam-se na presidência da República, garantindo o controle político e a manutenção dos interesses das elites agrárias. As eleições eram frequentemente marcadas por fraudes, manipulações e o uso de força para garantir a vitória dos candidatos apoiados pelas oligarquias.

Situação Econômica

A economia da República Velha era fortemente dependente da exportação do café, que representava a principal fonte de receita do país. A elite cafeeira controlava a produção e a exportação, gerando grandes lucros para poucos enquanto a maioria da população permanecia na pobreza. O governo implementou políticas de valorização do café para controlar os preços e evitar crises econômicas, mas a dependência do produto tornava a economia vulnerável às flutuações do mercado internacional.

Conclusão

A República Velha foi um período caracterizado pelo domínio das oligarquias cafeeiras, profundas desigualdades sociais, controle político pelas elites agrárias e uma economia dependente da exportação do café. Este contexto preparou o terreno para as mudanças políticas e sociais que viriam com a Revolução de 1930 e a ascensão de Getúlio Vargas.

 

Áudio Completo da Aula 14


INTRODUÇÃO

A República Velha, também conhecida como Primeira República, abrange o período que vai desde a Proclamação da República em 1889 até a Revolução de 1930. Este período é caracterizado por profundas transformações políticas, econômicas e sociais no Brasil. A transição de um regime monárquico para um republicano trouxe consigo desafios de organização do novo Estado, influências de modelos externos e uma luta constante entre as diferentes forças políticas e econômicas do país. A República Velha é especialmente lembrada pelo domínio das oligarquias cafeeiras, que controlavam a política nacional através de um sistema conhecido como "política dos governadores" ou "política do café com leite". Este arranjo consolidou o poder das elites agrárias e manteve uma estrutura social marcada por desigualdades profundas e uma economia fortemente dependente da exportação de produtos agrícolas, especialmente o café.

 

O GOVERNO DAS OLIGARQUIAS CAFEEIRAS NA REPÚBLICA VELHA

A República Velha (1889-1930) foi um período da história do Brasil que se estendeu desde a Proclamação da República até a Revolução de 1930, quando Getúlio Vargas assumiu o poder. Este período é frequentemente caracterizado pelo domínio das oligarquias cafeeiras, especialmente das elites agrárias de São Paulo e Minas Gerais, no cenário político e econômico do país.

Situação Social

A sociedade brasileira na República Velha era profundamente desigual. A elite cafeeira detinha grande parte do poder político e econômico, enquanto a maioria da população vivia em condições de extrema pobreza. A abolição da escravidão em 1888 não resultou em melhorias significativas para a população negra, que continuou a enfrentar discriminação e falta de oportunidades. Os trabalhadores rurais, incluindo os ex-escravos, muitas vezes trabalhavam em condições quase análogas à escravidão, sem direitos trabalhistas e com salários baixos.

Situação Política

Politicamente, a República Velha foi dominada pelas oligarquias, um sistema conhecido como "política dos governadores" ou "política do café com leite". Este sistema era baseado em acordos informais entre as elites de São Paulo (produtores de café) e Minas Gerais (produtores de leite), que se alternavam na presidência da República.

Política dos Governadores: A "política dos governadores" consistia em um pacto entre o governo federal e os governos estaduais, onde o presidente da República oferecia apoio aos governadores em troca de apoio político nos estados. Esse pacto garantia que os governadores controlassem as eleições e assegurassem a eleição de deputados e senadores alinhados com o governo central.

Coronelismo: No nível local, o poder era exercido pelos "coronéis", líderes políticos regionais que controlavam grandes áreas rurais. Eles exerciam seu poder por meio do clientelismo e do controle dos votos, garantindo a eleição dos candidatos apoiados pelas oligarquias. As eleições eram frequentemente marcadas por fraudes e manipulações, conhecidas como "votos de cabresto", onde os eleitores eram coagidos a votar nos candidatos indicados pelos coronéis.

Situação Econômica

A economia da República Velha era fortemente dependente da exportação do café, que representava a principal fonte de receita do país. A elite cafeeira controlava a produção e a exportação de café, gerando grandes lucros para poucos enquanto a maioria da população permanecia na pobreza. O governo implementou várias políticas para valorizar o café, incluindo a compra de excedentes para controlar os preços no mercado internacional.

Política de Valorização do Café: Para evitar a queda dos preços do café no mercado internacional, o governo comprava os excedentes da produção para armazená-los, uma política conhecida como "valorização do café". Essa política visava manter os preços altos e garantir a rentabilidade dos produtores de café. No entanto, essa dependência do café tornava a economia brasileira vulnerável às flutuações do mercado internacional.

Industrialização: Embora a economia fosse predominantemente agrária, o período da República Velha também testemunhou os primeiros passos rumo à industrialização. A urbanização e o crescimento das indústrias, especialmente em São Paulo, começaram a modificar a estrutura econômica do país. No entanto, a industrialização era ainda incipiente e concentrada em algumas regiões específicas.

Desafios e Contradições

A República Velha enfrentou vários desafios e contradições. A hegemonia das oligarquias cafeeiras gerou insatisfação entre outros setores da sociedade, incluindo trabalhadores urbanos, setores militares e algumas elites regionais que se sentiam excluídas do poder. A repressão às greves e movimentos sociais era comum, refletindo a falta de direitos trabalhistas e a resistência das oligarquias a qualquer mudança no status quo.

Movimentos Sociais e Greves: O período foi marcado por movimentos sociais e greves, especialmente nas áreas urbanas e industriais em crescimento. Os trabalhadores organizavam-se para reivindicar melhores condições de trabalho, salários mais justos e direitos trabalhistas. No entanto, esses movimentos eram frequentemente reprimidos pelo governo.

Conflitos Regionais: A concentração do poder nas mãos das oligarquias cafeeiras de São Paulo e Minas Gerais gerou ressentimento em outras regiões do país. Esses conflitos regionais culminaram em revoltas como a Revolta da Vacina (1904), a Revolta da Chibata (1910) e a Revolução de 1924, que foram manifestações da insatisfação com o governo central.

Declínio e Fim da República Velha

O declínio da República Velha começou na década de 1920, quando o descontentamento com o domínio das oligarquias cafeeiras aumentou. A crise econômica de 1929, causada pela Grande Depressão, teve um impacto devastador na economia do café, levando a uma queda significativa dos preços e da renda dos produtores.

Revolução de 1930: A insatisfação generalizada culminou na Revolução de 1930, liderada por Getúlio Vargas. Vargas reuniu apoio de diversas facções descontentes, incluindo elites regionais, militares e setores urbanos, e depôs o presidente Washington Luís. Esse evento marcou o fim da República Velha e o início da Era Vargas, que trouxe profundas mudanças políticas, sociais e econômicas para o Brasil.

Transformações Sociais: A Era Vargas introduziu uma série de reformas que transformaram a estrutura social e econômica do país. A criação de leis trabalhistas, a industrialização acelerada e a centralização do poder foram algumas das mudanças significativas que marcaram o novo período da história brasileira.

Conclusão

A República Velha foi um período complexo e contraditório da história do Brasil. Dominado pelas oligarquias cafeeiras, o país viveu sob um sistema político marcado por fraudes eleitorais e controle das elites agrárias. A economia dependente do café manteve a estrutura agrária e desigual do país, enquanto as primeiras iniciativas de industrialização começaram a surgir. Os desafios sociais e econômicos enfrentados durante este período prepararam o terreno para as transformações que viriam com a Revolução de 1930 e a ascensão de Getúlio Vargas ao poder.

 

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AVALIAÇÃO 14 - História do Brasil

 

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