Malvadeza

Glauco Notícias Profissionais - CBMERJ
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Relutei para escrever sobre isso. Não consegui reagir a nenhuma publicação sobre o assunto. Sofri muito essa perda e tenho certeza que muitos sofreram. Lá se vão 21 anos que conheci o "Malvadeza", o então Sargento Reginaldo. Sei que tive excelentes instrutores no Corpo de Bombeiros, mas "monstro" assim não me lembro de outro. Parece que nasceu pra isso. Fazia parte da equipe que formou aquele grupo de recrutas em 1998. Sorte a nossa. O apelido remontava o seu jeito rigoroso nas aulas, mas não conseguia esconder o coração gigante e uma preocupação com cada aluno que lhe saltava os olhos. Em cada descida da torre estava ele lá, atento à nossa equipagem e checagem. Nas minhas publicações sobre a carreira, estava ele lá com palavras de incentivo, até os dias de hoje. E não faltavam comentários sobre a minha família. Foi uma honra tê-lo conhecido. Fez história, na corporação e na minha vida. Os "24 milhão" do GBS entenderão melhor do que todos do que falo. Dias maus estamos vivendo e não sabemos onde isso tudo vai parar. Nos sentimos incapazes vendo o trem passar e levar os nossos. Assim como o nosso Malvadeza, essas milhares de vítimas têm nome, endereço e história. Alguns, como ele, mais que uma bela história, um legado. Não são e nunca serão apenas estatísticas. O único desejo que tenho no momento é que o Espírito Santo de Deus, o mesmo que tem me ajudado a enfrentar tudo isso, console e fortaleça os corações dos familiares e amigos do Tenente BM Reginaldo, neste momento de profunda dor. Deus, nos ajude!