E o vidro voltará ao pó... mas não agora

Glauco Notícias - Notícias Pessoais
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Dia desses, caminhando pela praia de Unamar, Cabo Frio, me deparei com um caco de vidro em processo de decomposição. A peça era belíssima, de um verde vivo à luz do sol. Quem me dera fosse uma esmeralda. Suas bordas já não ofereciam risco, mas nem sempre foi assim. Um dia alguém o deixou ali. Era uma garrafa, um copo, não sei. Só sei que um dia ofereceu riscos àqueles que aproveitam o momento de lazer à beira do mar.

Crianças, adolescentes, famílias inteiras correram riscos. Talvez tenham se cortado. Profissionais do salvamento, atletas e vendedores percorrem esse local no seu "ganha-pão" de cada dia, podendo ter prejudicado sua renda com uma lesão dolorosa pelo objeto quando ainda perfuro-cortante.

A decomposição total do vidro pode levar de 4.000 a 1.000.000 de anos! Então aquele caco permaneceria ali por longos períodos. E o mais legal foi vê-lo ali, novamente em contato com seus parentes mais próximos, os grãos de areia, sua matéria prima. Dali ele foi tirado e um dia pra lá tornaria, mas alguém resolver torná-lo "pó" antes mesmo de ser pó, oferecendo sério risco a outros, que só queriam pisar no pó da areia.

Por uma consciência do "não" ao vidro nas praias e pela prevenção de acidentes desnecessários, lhes apresento essas belas imagens que tive o prazer de registrar e informo-lhes: E o vidro voltará ao pó, mas não agora.

Glauco Machado
colunadefogo.com