A Arte de Fazer Coisa Errada

Qui, 12 de Outubro de 2017 09:48 Glauco
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Todas as pessoas que param seus carros na frente do portão da minha garagem (e não são poucas) argumentam a mesma coisa quando as interpelo: “Não sabia que tinha alguém [na casa].”. Ora, ACHAR que ninguém precisa da lei, dá o direito de descumprir a lei? A resposta, repetitiva e automática, para justificar o erro me remete a sensação de que fazer coisa errada e se defender, não admitindo que errou, faz parte da cultura do brasileiro. Pergunto: Quando (se é que é possível) que o Brasil vai mudar, se a nossa essência é, repetidamente, errar e se defender? Não há em nós reconhecimento pelo erro, não há arrependimento, não há sequer desejo de mudança, há desejo de errar e depois desejo de se defender. Lamento, mas o Brasil não tem jeito. Os “réus” na frente do meu portão são meras reproduções de alguns julgamentos que vemos na mídia: erro e defesa; "descumpro a lei porque (acho que) ninguém precisa da lei".

Agora, tentam empurrar goela abaixo determinadas “artes”… o ciclo recomeça: erro (ACHAM que é arte), a sociedade conservadora (donos de garagem) interpela, e os “artistas” se defendem… não adianta, são muitos artistas, da arte de fazer coisa errada, de se fazer e se defeder a pedofilia como arte [crianças e um homem nu?!]; do homossexualismo como arte [homens e suas velas nos anus?! kerissexualismo?]; de crianças "se sujarem" como arte [analogia tendenciosa e ridícula], de bloquear uma garagem como arte…

P.S.: De todos que tentaram bloquear a garagem da minha casa (e como disse, foram muitos), apenas um, repito, APENAS UM, usou um argumento diferente: “Era rapidinho…”. Sem comentários. O Brasil, de artistas, pra mim não cola. Botei pra correr do mesmo jeito, do meu jeito, na minha arte de fazer o que é certo.

Glauco Machado