Bom, estes dias eu ouvi uma belíssima música da Ana Paula Valadão, chamada: Elevo meus olhos. E na música ela diz que "elevo os meus olhos pra te encontrar, e vejo os teus olhos tão cheios de amor...".
Será que realmente temos a compreensão do que que é o amor de Deus? Ou até se temos a compreensão do que significa amar? Em meu parco e escasso desenvolvimento encefálico de argumentos, compreendo que a Bíblia nos traz a definição do amor no "versículo áureo" de João 3:16,que diz:
"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho unigênito para que todo aquele que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna".
Sendo assim, conforme nos ensina o apóstolo João em seu evangelho, "Porque Deus amou o mundo..." denota ato ou efeito de amar, escolha livre e consciente de Deus, logo, o amor parte da escolha, eu escolho amar alguém. Não é uma "possessão sentimental", onde eu sou assolado por um sentimento que não consigo controlar, posto que se assim fosse, o Apóstolo Paulo não descreveria o amor como ele descreve em 1Co 13 (vale a pena dar uma olhadinha).
Passado o momento da escolha, há o desenvolvimento deste sentimento, que culmina com o que eu ofereço para a pessoa amada, dessa forma, podemos dizer que eu amo na medida do que eu oferto a pessoa amada, se eu oferto muito, muito eu amo, se eu oferto pouco, pouco eu amo.
"...que DEU seu filho unigênito..." - no caso de Deus, ele amou mais do que qualquer outro ser poderia ter amado, pois ofertou a maior de todas as coisas, o seu filho, Cristo Jesus, razão da existência de tudo o que foi feito e sem o qual, nada do que foi feito, o teria sido, em suma, ofertou-se a si mesmo, por quem não vale absolutamente nada, ou talvez até menos do que isso, EU. E também ofertou por você. Por nós.
Por fim, não podemos chegar a outra conclusão que não seja a de que a escolha somada a oferta geram o compromisso: "...para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." - Deus se compromete a dar a vida eterna a todos os que reconhecerem o seu amor através de seu filho Jesus. Logo, o amor tem muito mais a ver com o compromisso, com a intensidade do meu comprometimento do que com a "paixão" e "impulsividade" do sentimento que eu tenho, ou digo que tenho. Compromissos são permanentes, inacabáveis enquanto há o comprometimento (amor), sentimentos são volúveis e passageiros, instáveis como toda e qualquer paixão, e paixões não são saudáveis para o nosso relacionamento com Deus.
Devemos buscar chegar ao nível de amor de Deus, posto que nosso amor sempre será de certa forma condicional, amamos "se", "quando", e "porque", mas Jesus nos ama simplesmente por amar, pois não podemos lhe ofertar nada, é apenas pela vontade de que passemos a nossa eternidade com Ele, que possamos aprender com o nosso mestre, amar ao Senhor da mesma forma que Ele nos ama.
Se liga "vaso", "tira a tampa" do amor! Na Paz de Cristo Jesus.
Sem. André Oliveira
COLUNA TIRA A TAMPA SEMINARISTA!
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