De tempos em tempos surge a seguinte expressão em minha vida: “fulana está em busca do príncipe encantado...”, geralmente ela é proferida por algum amigo após levar um toco de alguém, e como forma de expressar nossa decepção e nosso pesar na “investida amorosa” mal sucedida, acabamos por tirar tal conclusão: Não me quis, porque está esperando alguém perfeito, o príncipe encantado dos contos de fadas.
EM BUSCA DO PRÍNCIPE ENCANTADO
E já que falamos em contos de fadas, acho pertinente esclarecer aos teólogos ortodoxos de plantão, que eu não acredito em conto de fadas, nem em fadas (embora haja uma bela música de Victor e Léo com esse nome), nem em qualquer outro misticismo desses, portanto, fiquem tranquilos, não virei um esotérico cristão. Mas, como formas de licença poética, permitam-me dizer que os contos de fadas são muito mais reais e comuns do que se possa imaginar, o que me faz pensar que o lance do príncipe encantado do parágrafo anterior não é tão distante da verdade assim.
Conhecemos diversos contos de fadas, muitos deles embalaram nossos sonhos e festas quando crianças, a saber: Chapeuzinho vermelho, Cinderela, Branca de Neve, Rapunzel, Pequena Sereia, Cavaleiros do Zodíaco (ops, esse não...rs), e por aí vamos. O lance é: talvez sempre tenhamos visto esses contos de fadas pelo prisma errado, talvez nunca tenhamos valorizado as verdadeiras protagonistas dos contos, vivemos alardeando como os príncipes e galãs sempre salvam as mocinhas, sempre livram as personagens do vilão/vilã.
Não reconhecemos no cuidado e preocupação de uma Chapeuzinho Vermelho com a sua avó; a mansidão e humildade de uma Cinderela ao ser humilhada anos por sua madrasta e irmãs; a inocência e o coração perdoador de uma Branca de Neve, que mesmo após ser expulsa pela madrasta a recebe na floresta e come a maçã como prova de não guardar rancor algum; a humanidade de uma Rapunzel que erguia com suas tranças a bruxa que a aprisionara, afim de que de alguma forma a baixeza do ódio fosse confrontada com a grandeza do amor, ou no profundo amor que faz com que Ariel altere sua própria natureza, se tornando humana apenas para compartilhar tal amor com o príncipe Eric. Não percebemos que na realidade as grandes protagonistas são as princesas, os príncipes não fizeram nada mais do que sua obrigação.
Quantas vezes vejo o cuidado, a humildade, a inocência, a humanidade e o amor de todas essas personagens nas mulheres que eu convivo, nas amigas que eu tenho, mas talvez por não me comportar como um príncipe, acabo caindo na ilusão de que as princesas deixaram de existir, e muitas vezes por não tratá-las como princesas, nós homens, acabamos por deixá-las pensando que realmente elas não são. Mas, como nos diz Pv. 31:10 “Mulher Virtuosa, quem a achará?! O seu valor muito excede o de Rubis”, sábio é o homem que consegue perceber que dentro de cada menina, de cada mulher, existe muito mais do que um corpo, muito mais do que prazer, muito mais do que um objeto, existe uma princesa, filha não de um rei qualquer, mas do Rei dos Reis e Senhor dos Senhores.
Para finalizar, esta semana tive a oportunidade de conhecer um homem sábio, Sr. Hamilton. Durante o evangelismo em Paciência no sábado, eu fui evangelizá-lo e durante nossa conversa no portão, quando eu já enfileirava meu arsenal teológico e pedi para fazer uma oração por ele, ele pediu que eu orasse também por sua esposa que estava lá dentro. Entrei na casa e encontrei uma senhora paralisada em uma cadeira de rodas, vítima de um AVC. Então o Sr. Hamilton fez valer todo trabalho que eu tinha feito naquele sábado ao dizer: “... essa mulher cuidou de mim a vida toda, sou casado há 50 anos, eu bebia, fumava, gastei quase tudo com jogos, mas ela sempre esteve do meu lado. Me ajudou a criar meus filhos, me ajudou a construir minha casa, me ajudou em tudo. Até que há 2 anos ela teve um AVC. E eu passei a cuidar dela, eu faço tudo por ela. Ela cuidou de mim a vida toda, Deus não a levou para que eu pudesse cuidar dela no fim da vida...”
Sabe queridas, antes de eu ir embora ele ainda disse: “...Filho, quem encontra uma mulher como a minha tem tudo na vida. De que adianta ter uma mulher linda por fora, mas que não ande ao seu lado? Este não tem nada na vida...”. Como de costume, após chorar diante do testemunho daquele homem, ficou a reflexão em meu coração, não é bem a princesa que fica correndo atrás do príncipe encantado, e sim o príncipe, que se torna encantado ao ser encontrado por ela.Que eu tenha o privilégio que teve o Sr. Hamilton.
Que Deus as abençoe ricamente, feliz Dia Internacional da Mulher.
Sem. André Oliveira
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"Respondeu-lhes Josué: Se és povo numeroso, sobe ao bosque, e corta para ti lugar ali na terra dos perizeus e dos refains, desde que a região montanhosa de Efraim te é estreita demais."
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Os filhos de José acharam que a terra que receberam era pouca, visto que eram numerosos. Queriam moleza e pediram mais terra. A brilhante resposta de Josué foi, em outras palavras: "Se vira! Dá teu jeito!". Ele ainda deu a dica para que desbravassem as matas e enfrentassem os cananeus e seus carros de ferro.Quem está online
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O que dizer? Lindo, é o mínimo. Como uma típica garota, sou viciada em contos de fadas, em príncipes e princesas e em felizes para sempre. Sei que sou uma princesa de verdade pois sou filha do Rei dos Reis e textos como esses me emocionam demais. Mas devo dizer que ler a um desses escrito por uma pessoa do sexo masculino é ainda muito mais importante. Muito legal que alguém reconheça que a essência da hisstória é o que conta pra vida e não só a magia dos detalhes. Espero, de verdade, que vc tenha o privilégio que teve o sr. Hamilton. Chorei com a história dele, MESMO. Deus te abençoe André! E fica a dica pros leitores de que não importa se no passado suas atitudes foram de sapo. Esolher ser um príncipe no presente é o que conta. E então...quem sabe não apareça aquela que te fará, de fato, encantado...