Coluna de Fogo

... e de noite numa coluna de fogo para os iluminar...

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“...SUPORTO TUDO, SÓ NÃO SUPORTO INGRATIDÃO...”

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Se alguma vez você já presenteou, ou já fez o bem a alguma pessoa e a mesma sequer agradeceu, você sabe do que estou falando, falo daquela pessoa que você cede o lugar no ônibus e ela sequer olha pra você, ou daquele caixa que lhe deu o troco a mais e você devolve para ser ignorado em seguida.

Contudo, a despeito da minha aversão a ingratidão,chego a conclusão de que sou alguém deveras ingrato, e para ilustrar, conto a seguinte experiência: Há umas duas semanas me aconteceu um fato bem interessante, fui ao seminário para a aula de quinta-feira, de moto e com meu capacete de caveira, como sempre fazia e ao chegar eis que havia um mendigo na porta do seminário, e pediu um prato de sopa.

Prontamente o pastor foi pegar o prato de sopa e eu fiquei pensando: “coitado do mendigo, muitas vezes satisfazemos as necessidades momentâneas das pessoas e elas não tem satisfeitas suas necessidades mais profundas, as da alma e do espírito...” e subi pra minha aula.

Ao sair, eis a surpresa: Furtaram meu capacete de caveira!!! Fui prontamente a secretaria pra saber o que havia ocorrido, quando o pastor que lá estava me disse: “Ah irmão, enquanto o pastor foi pegar a sopa, alguém abriu o portão e o mendigo levou seu capacete...”. Imediatamente me veio a mente a idéia de que o mendigo que eu havia demonstrado tanta compaixão (ou melhor, pseudo-compaixão, porque pensamentos sem ações são apenas analgésicos para nossa consciência), foi um ingrato.

Subi na minha moto ainda atordoado, (eu realmente gostava do capacete de caveira), e fui do Rocha até Realengo refletindo no que aconteceu, e depois de passar por uma Blitz que nunca tem (só no dia que eu estou sem capacete) e ter de desviar o curso pra uma favela, afim de não ter a moto apreendida, e inobstante o erro de andar sem capacete, comecei a refletir sobre como este dia havia sido difícil, afinal, meu telefone havia sido cortado, eu estava hiper cansado, meu pé estava doendo, eu tinha tido um dia difícil no trabalho e ainda roubaram meu capacete.

Mas o Espírito Santo gosta de nos surpreender, e Ele me fez refazer todos os passos do meu dia, e lembrar de que eu acordei e estou vivo, eu levantei da minha cama (tenho uma casa), eu dei bom dia a minha mãe (tenho mãe), eu tomei banho e escolhi qual casaco usar (eu tenho mais de um casaco), eu peguei a minha moto (eu tenho uma moto), fui trabalhar (tenho um trabalho), meu pé doeu (eu tenho um pé, e minhas terminações nervosas funcionam), fui ao seminário (eu tenho um chamado e estou me preparando pra cumpri-lo da melhor forma possível), estou voltando pra casa e vou jantar (tem comida na minha casa), sem capacete e nada me aconteceu (milhares de pessoas morrem todo dia no trânsito), e roubaram meu capacete (e não sofri nenhum tipo de violência, tão comum hoje em dia), e por fim, eu sou salvo em Cristo Jesus, e vivo com a esperança da vida eterna.

Após o breve lembrete do que Ele tem me dado, não pude deixar de reparar quantas vezes pensamos no que não temos e gostaríamos de ter, e muitas vezes ignoramos o que nós temos e muitos não tem, e dariam tudo para ter.

Sabe queridos, eu tenho tanta coisa, e aquele mendigo tem meu capacete. E pra ter meu capacete, ele abriu mão de sua dignidade, furtou seu próximo, infringiu a lei, e abriu mão da própria dignidade pra furtar um capacete, pra vende-lo e talvez sustentar um outro vício, e continuar nesse ciclo enquanto sua vida (isso é vida?!) durar. Na realidade, eu acho que o mendigo não tem o capacete, o capacete tem o mendigo.

E diante, de tudo o que eu tenho, o capacete não é nada. Sendo assim, eu tenho tudo, não tudo o que eu quero, mas tenho tudo o que eu preciso, até porque o que eu quero pode não ser bom pra mim.

No final das contas, percebo que muitas vezes o ingrato sou eu, diante de tudo o que o Senhor me tem feito. 
Tiremos, pois, a tampa da ingratidão, e sejamos cheios de gratidão ao Senhor.

Na paz de Cristo, que Deus os abençoe ricamente.

André Oliveira

 

 

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Centelha Diária

Gênesis 7.18

E prevaleceram as águas e cresceram grandemente sobre a terra; e a arca andava sobre as águas.

A arca vagava sobre a destruição… Imagine o mundo sendo destruído e você flutuando sobre a devastação. A fidelidade a Deus é capaz de proporcionar experiências como essa. Enquanto um dilúvio sem precedentes, enviado por Deus, aniquilava a própria criação, os escolhidos bailavam ao sabor das águas, com um senso de segurança jamais imaginado por incrédulos. O mesmo elemento que destruía, sustentava os filhos de Deus. O castigo era para os merecedores, aqueles que criam não deveriam temê-lo. A coluna d'água aumentava a cada instante, por 40 dias, e com ela uma pressão esmagadora sobre a terra. Mas o perfeito formato e vedação da arca, construída sobre orientação do Criador, gerava um empuxo suficiente para que permanecessem na superfície.

Hoje, não é necessário um dilúvio para destruir a terra, o próprio homem está dando conta disso. A diferença é que o homem é incapaz de criar mecanismos de salvação em meio ao caos, tal qual Deus. Mas, ainda assim, em meio às ruínas do homem, Deus tem sustentado os seus, que permanecem emersos, fortes e evidentes, sãos e salvos, prontos para recomeçar quando a crise baixar. Vale a pena confiar

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Pr. Martin Luther King